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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A CRIANÇA E SUAS PECULIARIDADES NO MEIO SOCIAL

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998) define a criança como um sujeito social e histórico que faz parte de uma organização familiar que estar inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura e momento histórico. Sendo assim, percebe-se que a criança caracteriza-se por suas particularidades que a definem e formam de acordo com o meio social. Dessa forma diante do processo de desenvolvimento da criança, faz-se necessário analisar e compreender suas ideias e maneiras de entender o mundo em que vivem, sendo este caracterizado particularmente de acordo com os aspectos afetivos, emocionais, cognitivos e sociais da criança. Nessa perspectiva a criança é marcada pelo meio social em que se desenvolve, tendo a família como um ponto de referencia, sendo ela a primeira instituição social responsável pela efetivação dos direitos básicos da criança. Pois, é nas relações que ela vivencia no ambiente familiar e através das trocas interpessoais que a criança desenvolve sua identidade, autoconfiança e dínamo de suas motivações (CARNEIRO, 2010). Compreender o mundo do adulto passa a ser um desafio valioso para a criança, sendo que ela desenvolve um sentimento unilateral de respeito em relação ao adulto, construindo sua primeira moral que é dependente da vontade dele. Esta moral só poderá ser superada depois dos sete anos, com a substituição do respeito unilateral da criança para com o adulto, pelo respeito mútuo (PILETTI, 1995). A partir dos oito anos, a intenção da criança começa a ser importante no julgamento moral, porque diminui a influência das crianças da mesma idade. Aos nove anos a maioria das crianças se ver independente e às vezes dispensa a ajuda dos pais, formando o seu próprio ponto de vista como consequência da interação com seus companheiros (LAMARE, 1969). Só a partir do fim da infância, quando o indivíduo já pode organizar de maneira autônoma suas normas de conduta e seus valores, é que pode estruturar sua personalidade (PILETTI, 1995). Portanto não se deve marcar e estigmatizar as crianças pelo o que a difere, mas levar em conta suas singularidades, respeitando-as e valorizando-as como fator de enriquecimento pessoal e cultural. E como a escola pode contribuir para esta valorização? Para o engrandecimento pessoal e cultural dos pupilos? A escola não é um sistema isolado e independente da sociedade, ela deve contribuir para transformar a realidade, ainda mais numa época em que as crianças nem bem entraram no processo de educação familiar, estão indo cada vez mais cedo participar da socialização na escola, dessa forma a escola ganha cada vez mais força na educação das novas gerações. Como hoje, encontram-se várias constituições familiares distintas, percebe-se que a educação doméstica ficou ainda mais complicada gerando dificuldades na capacidade relacional do aluno. Ao detectar essa dificuldade, a escola deve criar um canal de comunicação com a família, procurando estabelecer caminhos que irão nortear a educação daquele aluno. Através desse canal a escola pode contribuir para fortalecer laços do aluno com a família até porque a aprendizagem depende diretamente do equilíbrio emocional do aluno. "Cabe à escola orientar sobre o estudo diário. Chamar a atenção da mãe sobre os vícios da ?decoreba? de tomar a lição só na véspera da prova, e recomendar que estimule seu filho a dar aulas sobre o que aprendeu, dia após dia" (TIBA, 1998, p.163). As escolas devem criar um ambiente que seja favorável tato para as crianças quanto para as famílias desencadeando nestas o desejo de estar presente continuamente e não somente esporadicamente, criado uma rede de relações, que as possibilitem ao redimensionamento de seus conflitos.

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