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terça-feira, 4 de novembro de 2014

RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DA CRIANÇA

A escola é o local por excelência onde o conhecimento é transmitido pelo professor assimilado pelo aluno. Família também transmite considerável parte da cultura social a nova geração, contudo de maneira diferente da escola. A família desenvolve suas funções educativas de maneira informal (LAKATOS; MARCONI, 2006). Logo escola e família são instituições distintas, embora muitas vezes sejam vista como extensão uma da outra, por haver uma estreita relação entre ambas. Desse modo devem estabelecer uma linha de parceria no processo educativo das crianças, pois, são responsáveis pelo desenvolvimento humano intelectual do aluno. Uma vez que essa responsabilidade é prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, promulgada em dezembro de 1996, ao entender a educação como dever da família e do estado (título II, art. 2º), tendo uma finalidade de tríplice natureza: o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para cidadania e a qualificação para o trabalho, pois desde o nascimento a educação é decisiva para o desenvolvimento saudável das funções materiais das crianças para aquisição e acumulação de conhecimentos que às acompanharão por toda vida e para a consolidação de valores. Por isso a família precisa estar em permanente comunicação com a escola, consolidando-se com um canal interrupto de diálogo família/escola, que é condição essencial para uma compreensão crescente das potencialidades e limitações do filho/aluno e do aluno/filho (CARNEIRO, 2010). Todavia, há vários entraves no que se refere à comunicação família/escola, sendo por vez confundidas as responsabilidades educativas que cabem a cada uma delas havendo até confronto, pois os pais educam de uma forma e os professores ensinam de outra, visto que as famílias têm seus olhares sobre a escola, os profissionais têm um modo próprio de ver as famílias, acreditando muitas vezes que elas impõem dificuldades no processo de socialização e de aprendizagem das crianças, baseados numa visão equivocada que gera preconceito, dificultando e até mesmo impedindo o diálogo. Vale salientar que a escola deve desempenhar sua função formativa visando benefício da criança. Para isso, segundo Tiba (1998), entre a escola e a família deve haver uma soma, e não atropelamento de uma parte pela outra. Dessa forma o professor, que é o profissional com o qual a criança mais convive ao longo da vida, não pode ignorar os conhecimentos que o aluno obteve antes de entrar na escola e continua a obter fora dela, com isso o professor deve levar em consideração as singularidades existentes entre os alunos, bem como a diversidade social, étnica, costumes e valores presentes na sala de aula. Diante disso escola e família devem trabalhar esforçando-se pela convergência, porque a formação básica do cidadão, objetivo posto pela LDB ao ensino fundamental, dar-se mediante o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que assenta a vida social (título V, capítulo II, seção III, art. 32). Então, como se vive em uma sociedade marcada pela cultura e violência a questão da tolerância recíproca é um ponto crucial, como expõe Carneiro (2010, p. 256): [...] Isto indica que a necessidade de uma maior aproximação entre família e escola ? com o envolvimento direto dos pais ? para uma refundação dos princípios de tolerância, e respeitos às diferenças e, sobre tudo, a marcação de linhas de responsabilidade pessoal, de disciplina social e de conduta ética compatível com uma cidadania sadia. Logo, a família não pode cobrar que a educação do filho seja dada pela escola empurrando a esta toda a responsabilidade; e a escola, do mesmo modo, não pode exigir que a educação venha do berço desobrigando-se de suas responsabilidades, porque a tarefa de educar cabe à família e a escola juntas, visto que "a família é a primeira grande referência da vida social para a criança e a escola é a primeira grande referência da vida institucional que lhe apresenta [...]" (CARNEIRO, 2010, p. 256). O casamento escola-família se faz necessário, no intuito de participar efetivamente no processo de construção do conhecimento do cidadão, uma vez que a escola deverá proporcionar instrução, isto é conhecimento que o aluno não tem e a família continua a ser referência importantíssima na vida das crianças, pois observando o exemplo vivo dos pais elas aprenderão a se constituir socialmente. Assim, escola e família têm os mesmos objetivos: fazer a criança se desenvolver em todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem e na vida.

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