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terça-feira, 4 de novembro de 2014

A FAMÍLIA COMO BERÇO DA CONSTRUÇÃO INICIAL DO IDENTIDADE DO SER HUMANO

A família é o ponto de referência na construção do ser. Dessa forma vale analisar e refletir sobre a formação familiar atualmente, o conceito, visão e seu papel. A constituição brasileira de 1988 explicita que a família é à base da sociedade (art.226). Como em poucos anos a sociedade mudou muito, com a organização familiar não foi diferente. Os modelos de família hoje se diferem bastante dos antepassados, isso ocorreu devido a modernização e evolução das pessoas perante a humanidade que a cada dia que passa desconstrói valores antigos construindo novos valores (LEITE, 1972). Analisando a sociedade antiga, de acordo com Leite (1972), percebe-se que, na formação familiar preservava-se a instituição família conservando as propriedades e o título de nobreza, ocasionando assim o casamento forçado para a mulher, formando então uma família onde a mulher deve servir o homem, cuidar da casa e dos filhos, ficando a cargo do marido trabalhar para sustentar a família. Tudo isso acontece por causa da sociedade machista que predominava naquela época na qual, as mulheres deveriam ser submissas ao homem e ocupar-se do trabalho doméstico, dedicando-se ao máximo para manter os laços de afetividade na família e status passando a ideia de que todos viviam bem, felizes e unidos. Com a chegada dos processos paralelos de industrialização e urbanização, a ampliação da faixa de alfabetização, começa a surgir uma nova ideologia que sustenta a ideia de que o indivíduo vale por aquilo que faz e não pelo o que seus antepassados fizeram. Assim surge um novo ideal de família, baseado na escolha afetiva de jovens, com o objetivo de realização da felicidade individual, dando significado ao sentimento amoroso e construção pessoal (LEITE, 1972). Sendo assim distinguem-se novas constituições familiares, além da tradicional família nuclear composta por pai, mãe e filhos, que é idealizado nas instituições educacionais, no qual cada membro cumpre sua função específica, encontram-se situações familiares variadas: pais separados e filhos vivendo com apenas um deles; novos casamentos e meio-irmãos; crianças que moram com avós ou tios, lar desunido, pais alcoólatras etc. famílias que são consideradas desestruturadas e que apresentam diferentes situações afetivas. Desse modo, percebe-se que não existe um único modelo de família, pois a instituição familiar, como qualquer outra entendida como criação humana, está sujeita a determinações históricas e culturais, e como tal sofre modificações ao longo do tempo podendo constituir-se tanto em meio à solidariedade, afeto e segurança, quanto em um espaço de conflitos e disputa. Diante disso, a sociedade passa a ter outro olhar sobre a família, onde homem e mulher começam a dividir os mesmos direitos e obrigações, a mulher passa a ser mais valorizada e começa a ganhar valor no meio social, inserindo-se no mundo do trabalho demonstrando suas capacidades. Uma vez que nosso modelo de sociedade, caracterizado por situações de injustiça e desigualdade, também cria famílias que lutam com muita dificuldade pela sobrevivência (PILETTE, 1995). Com todo esse crescimento e desenvolvimento da sociedade, os membros da família ocupam-se de tarefas que tomam grande parte de seus tempos, pois, ambos estão em busca de construir algo melhor que promova o bem estar da família que quer sempre viver em um ambiente confortável e bem estruturado. Em busca desse conforto, alguns devem sofrer um sacrifício e na maioria das vezes os mais atingidos são os filhos, sendo assim, percebe-se que os casais hoje veem diminuindo cada vez mais o número de filhos na família, optando por no máximo dois filhos para que se tenha um lar bem estruturado.

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